Presidente do Santos surpreende todo mundo e dá ajudinha ao Fluminense
De volta à elite do futebol brasileiro após faturar o título da segunda divisão nacional, o Santos iniciou o planejamento pensando na temporada 2025. Em entrevista cedida ao ge, o presidente alvinegro, Marcelo Teixeira, destacou os critérios adotados pela CBF diante da escolha por quatro clubes rebaixados a cada ano, chegando a citar o Fluminense como exemplo.
Em toda temporada, 20 clubes brigam entre si em busca do título do Campeonato Brasileiro. No entanto, as quatro equipes que menos pontuam são relocadas para a segunda divisão, fator descredibilizado pelo mandatário do Santos. Na concepção de Marcelo Teixeira, o número de descensos é exagerado para a quantidade de times que atuam em alto nível.
“É tradição, história de clubes brasileiros. Não podemos admitir que um clube dispute, como foi com o Fluminense, nas últimas posições, podendo cair e tendo vencido a Libertadores no ano passado. Por mais que haja composições de bons grupos, você vai priorizar uma competição. Não tenho ainda ideia de critérios, mas com certeza acredito que o mais correto seria rebaixar apenas dois. No Conselho Técnico, aventou-se a possibilidade de serem três rebaixados”, avaliou Teixeira.
Mostrando não estar sozinho na busca por mudanças no regulamento da Confederação Brasileira de Futebol, o presidente do Santos revelou ter debatido com outros mandatários em busca de apoio. Marcelo Teixeira enfatiza que a queda de produtividade das equipes é colocada na conta do calendário confuso e apertado da entidade máxima nacional.
“Liguei para o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, para o Julio Casares (presidente do São Paulo), Augusto Melo (Corinthians) nessa situação envolvendo os critérios de descenso do Brasileirão. Acredito que é uma regra que precisa ser revista imediatamente. Veja um exemplo claro: o Atlético-MG disputou a final da Libertadores e da Copa do Brasil e teve chance até a última rodada de ser rebaixado. Isso não é um problema de gestão, é um problema de calendário. É um problema de uma série de outras situações que refletem na tabela de um campeonato tão importante”, finalizou.
CBF refuta pedido da presidência do Santos
Em meados de 2024, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi questionado sobre a possibilidade de reduzir o número de rebaixados em função das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Com a perda temporária de seus estádios, Internacional, Grêmio e Juventude demonstraram interesse no assunto, fator que sequer foi avaliado pela confederação.
“O rebaixamento não está na proposta da CBF e eu acredito também (que para) nenhum clube, porque a gente obedece um calendário, um regulamento Fifa e o estatuto da CBF. Têm duas leis que o acesso é eminentemente pelos critérios técnicos, tanto a Lei Pelé como a Lei Geral de Esporte. Portanto, teria que mudar a constituição para não ter rebaixamento”, explicou o presidente.